segunda-feira, 26 de abril de 2010

No one


A verdade,
por muito que nos custe,
é que nunca houve ninguém por detrás da janela 
do ponto mais alto da montanha.
Se é que podemos falar de montanha,
da janela onde por vezes chegavam,
os sinos indolentes do amor,
na sua claríssima estranheza.
E as coisas que nos matam,
incendeiam-se,
cansadas de esperar por outro dia.


Manuel de Freitas

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