Day 10

Day 10 - A song from my favorite band: The Corrs - Runaway

Wait...

Day 9

Day 09 - A song that makes me fall asleep: Julee Cruise - Falling

(fall asleep in a good way...)

Do I dare

Disturb the universe?

In a minute there is time

For decisions and revisions which a minute will reverse.

T.S. Eliot

Day 8

Day 08 - A song that I can dance: Shania Twain - Man! I feel like a woman

Menina do vestido bonito

E enquanto a menina do vestido bonito sonha, os caracóis avançam, persistentes, na esperança de lhe chegarem antes que esta acorde dos seus sonhos e desça da flor.

Talvez, se ela estiver a projectar na tela ao fundo da sua imaginação, rodeada do escurinho do adormecimento, um sonho bem longo, eles consigam chegar a tocar a barra da sua saia florida.

(Ilustração de André Neves)

Anjo

Quando adormeces, dão-te um balde cheio de letras para escreveres os teus sonhos nas suas asinhas ainda em branco...
Quando acordas, não te lembras de nada, mas a história já está escrita e o anjinho voa feliz pelos céus das histórias com finais felizes.

(Ilustração de Macus Romero)

Day 7

Day 07 - A song that reminds me of a certain event: Rod Stewart - Downtown train

1 de Junho de 2008 - Rock in Rio, Lisboa.

Eu, presente na 1ª fila e na companhia da filhota, neste concerto fabuloso!
( ...E ele apontou para mim e sorriu-me!...)

Day 6

Day 06 - A song that reminds me of somewhere: Michael Jackson-Wanna Be Starting Something

(Ritmos de África)

Inevitavelmente...

O tempo passado e o tempo futuro

O que podia ter sido e o que foi

Tendem para um só fim, que é sempre presente.

T.S. Eliot

Day 5

Day 05 - A song that reminds me of someone: Supertramp - Dreamer

(...lembra-me o meu irmão...)

Day 4

Day 04 - A song that makes me sad: Katie Melua - Spiders web

Day 3

Day 03 - A song that makes me happy: Doris Day - Dream A Little Dream of Me

Day 2

Day 2  - The least favorite song: Bee Gees - Stayin' Alive

Um "mimo" do filhote...

A melhor coisa que li nos últimos tempos!

Day 1

Day 01 - My favorite song: Gerry Rafferty - Baker Street

 

Desafio

Aqui está um desafio que consiste em colocar aqui no blog uma música, durante vinte dias, de acordo com os seguintes critérios:
Day 01 - My favorite song;
Day 02 - My least favorite song;
Day 03 - A song that makes me happy;
Day 04 - A song that makes me sad;
Day 05 - A song that reminds me of someone;
Day 06 - A song that reminds me of somewhere;
Day 07 - A song that reminds me of a certain event;
Day 08 - A song that I can dance;
Day 09 - A song that makes me fall asleep;
Day 10 - A song from my favorite band;
Day 11 - A song that no one would expects me to love;
Day 12 - A song that describes me;
Day 13 - A song from my favorite album;
Day 14 - A song that I listen to when I'm angry;
Day 15 - A song that I listen to when I'm happy;
Day 16 - A song that I listen to when I'm sad;
Day 17 - A song that I want to play at my wedding;
Day 18 - A song that I want to play at my funeral;
Day 19 - A song that makes me laugh;
Day 20 - My favorite song at this time last year.

Porque morrem as flores?

Sobre a tua campa as flores secam e morrem.

Como tu te foste, também elas se vão.

Faz hoje um ano e estás tão vivo na minha memória que ainda penso ouvir a tua voz e ainda parece que a tua chegada se faz anunciar num ruído de automóvel...

Esta memória que te mantém o sorriso no rosto, é a mesma que me faz sentir-te sempre que cheiro as tuas coisas e é tão difícil, tão monstruosamente difícil estar sem ti...

Olho em desespero para o céu e procuro-te... apenas uma estrela brilha mais do que as outras. 

Dizem às crianças que, quando alguém morre, há mais uma estrela no céu e, para mim, aquela estrela és tu a cintilar.

Deverias ter uma estrela só para ti...

Hoje é mais um marco de dor, um marco do fatídico dia que te levou e nos desalentou...

Tal como o verso gravado na pedra - Enlouqueceste as nossas horas com a tua ausência.

É, tristemente, verdade.

Porque morrem as flores? Para que tu as tenhas todas junto a ti...

Mãe

Quando eu nasci

ficou tudo como estava

Nem homens cortaram veias,

nem o Sol escureceu,
nem houve estrelas a mais...

Somente, esquecida das dores,

a minha Mãe sorriu e agradeceu.

Quando eu nasci,

não houve nada de novo

senão eu.

As nuvens não se espantaram,

não enlouqueceu ninguém...

P`ra que o dia fosse enorme,

bastava

toda a ternura que estava nos olhos da

minha Mãe...

( Sebastião da Gama )

 

A ti, querida mãe... este singelo poema que deixa tão aquém a descrição da ternura dos teus olhos...

Coragem para o dia de amanhã...

Voa joaninha, voa...

Muitas e muitas felicidades para ti, princesinha...

E pensar que tudo se repete outra vez...

Terror de te amar num sítio tão frágil como o mundo

Mal de te amar neste lugar de imperfeição

Onde tudo nos quebra e emudece

Onde tudo nos mente e nos separa

( Sophia de Mello Breyner )

Nicoletta Ceccoli

As ilustrações de Nicoletta Ceccoli retratam o absurdo, são intensas e melancólicas.

Com claras influências de Chagall e Seurat, as suas imagens em acrílico, lápis e pastel são verdadeiras obras de arte.

Sweet softness

"Sabes, é a primeira vez que sinto em mim uma enorme harmonia, uma espécie de viver ao ritmo da minha respiração."

( António Alçada Baptista )

Lenght of the moon

Then the golden hour

Will tick its last

And the flame will go down in the flower.

A briefer length of moon

Will mark the sea-line and the yellow dune.

Then we may think of this, yet

There will be something forgotten

And something we should forget.

It will be like all things we know:

A stone will fail; a rose is sure to go.

It will be quiet then and we may stay long at the picket gate

But there will be less to say.

Arna Bontemps

Listen

Vai até onde ninguém te possa falar ou reconhecer

Vai por esse campo de crateras extintas

Vai por essa porta de água tão vasta quanto a noite

Deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te e as loucas aveias que o ácido enferrujou erguerem-se na vertigem do voo

Deixa que o Outono traga os pássaros e as abelhas para pernoitarem na doçura do teu breve coração

Ouve-me que o dia te seja limpo e para lá da pele constrói o arco de sala morada eterna

O mar por onde fugirá o etéreo visitante desta noite

AL BERTO

João e a Floresta de Betão

João e a Floresta de Betão

Basta-me

Cada instante é um lugar perdido

em que te entregas à passagem do tempo. 

A juventude é um vício que perdemos inevitavelmente. 

Dizes: é breve o amor, efémera a vida.

Somos uma estância museológica,

algo anacrónico que aprende a perdurar por medo de morrer. 

Toca-me, conjuga um verbo que conheças 

no presente do indicativo, soletra-o na segunda pessoa

do singular ao meu ouvido, 

dá-me qualquer coisa que me pareça eterno.

Basta-me que o teu olhar me encontre.

José Rui Teixeira

Be happy

A meditação é um coração silencioso, uma mente tranquila, que pode tornar a vida mais amável, mais suportável, que pode tornar a vida mais rica em todas as dimensões.

Eu não quero que renuncies a nada.

Eu quero te alegres com tudo, seja o que for que estiveres fazendo.

Osho, em "The Forgotten Language of The Heart"

A ti quem eu inventei

Pensar em ti é coisa delicada.

É um diluir de tinta espessa e farta

e o passá-la em finíssima aguada

com um pincel de marta.

Um pesar grãos de nada em mínima balança,

um armar de arames cauteloso e atento,

um proteger a chama contra o vento,

pentear cabelinhos de criança.

Um desembaraçar de linhas de costura,

um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça,

um planar de gaivota como um lábio a sorrir.

Penso em ti com tamanha ternura

como se fosses vidro ou película de loiça

que apenas com o pensar te pudesses partir.

António Gedeão

Blue or in blue?

No firme azul do desdobrado céu

Decantarei a mínima magia

Das sensações mais puras, melodia

Da minha infância, onde era apenas Eu.

Da realidade nua desce um véu

Que, já sem mar, apenas maresia,

me vem tecer aquela chuva fria,

Que prende esta janela ao claro céu.

Despido o ouropel desvalioso,

Já não apenas servo, mas o Rei

Da luz da minha lâmpada nomeia.

Assim procuro o centro misterioso

Do mundo que hoje habito, onde serei

Concêntrica expressão da vida inteira.

Alberto de Lacerda

(poeta moçambicano)

Life brings, life takes

A vida, as suas perdas e os seus ganhos, a sua

mais que perfeita imprecisão, os dias que contam

quando não se espera, o atraso na preocupação

dos teus olhos, e as nuvens que caíram

mais depressa, nessa tarde, o círculo das relações

a abrir-se para dentro e para fora

dos sentidos que nada têm a ver com círculos,

quadrados, rectângulos, nas linhas

rectas e paralelas que se cruzam com as

linhas da mão;

a vida que traz consigo as emoções e os acasos,

a luz inexorável das profecias que nunca se realizaram

e dos encontros que sempre se soube que

se iriam dar, mesmo que nunca se soubesse com

quem e onde, nem quando; essa vida que leva consigo

o rosto sonhado numa hesitação de madrugada,

sob a luz indecisa que apenas mostra

as paredes nuas, de manchas húmidas

no gesso da memória;

a vida feita dos seus corpos obscuros

e das suas palavras próximas.

Nuno Júdice

Educar