domingo, 31 de janeiro de 2010

This is now



We have to live this moment totally, as much as we possibly can, because the next moment may never come.
We may be here, but the other may not. Or both may be present but the relationship may not.
All possibilities remain open. The future is always an open door and the past is always a closed one.
And between the two is this, the single moment of now, always vibrant, fleeting.
But that's how life is.
The fleeting and the vibrant part of the living - the hesitation, the obscurity, the undefined.

Edvard Grieg

Ten exclamations points for this:

Tired of myself...


Sometimes I think that I think too much
Sometimes I feel that I feel too much
Sometimes it could've been too much
But it couldn't be any lesser.
Sometimes I feel I'm lost,
That I just want to come back home
But then I realize I am not,
My eyes were just closed
And my ears were just hearing the echo of myself.
Sometimes I want to believe
that these dreams would go on
when I close my eyes
and every second of the night
would just give me another life.
Sometimes...
I don't want to listen to myself anymore.

sábado, 30 de janeiro de 2010

Ainda dizem que não existe magia...

Depois de almoço, adormeci dois bebés e deitei-os nas suas camas. Fiquei com outra no colo, que muito rabujava e, junto a mim, tinha outros dois nas suas cadeirinhas de baloiço, tudo com muito sono... No berçário, que tem música ambiente constante, tocava esta música. A bebé que tinha no colo adormeceu, os outros dois olhavam-me muito fixamente enquanto cantava para eles.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

In my place - Ana Free

Don’t run away, if you know that you’ve got what it takes.
Don’t shy away. Sleep now, dream here.
And hopefully the night will ease your fear.
There will be tears to shed again.
Time to begin, and time to end.
Baby and you say I’ll be sad,
but that depends.
Baby now, come on recognize me,
I know that you know my face. (...)


A chance not a choice


'Somewhere, in space and in time, there's a me and you
Somewhere, somehow, there's a chance, not a choice
Somewhere, when the music starts,
A stardust will shine on us and lead us the way.
This stumbling words, pieces of dreams
Are little souvenirs for you...
Someday, I'll look in your eyes, and then you realize...'

The sound of silence



"Você sempre permaneceu unido apenas informalmente, e quando está unido formalmente a alguém pode continuar enganando a respeito de mil e uma coisas disparatadas, porque nada importa — é só um passatempo.

Mas quando você começa a se sentir mais próximo de alguém surge uma intimidade, então até mesmo uma simples palavra que pronuncie é importante. Então você não pode brincar com as palavras com tanta facilidade, porque agora tudo tem significado.
Portanto, haverá lacunas de silêncio. A princípio você se sentirá estranho, porque não está acostumado ao silêncio. Você acha que deve dizer algo; do contrário, o que o outro irá pensar?

Sempre que você se aproxima de alguém, sempre que há algum tipo de amor, o silêncio vem e não há nada a dizer. Na verdade, não há nada a dizer — não há nada. Com um estranho, há muito a dizer; com os amigos, nada a dizer. E o silêncio se torna pesado porque você não está acostumado com ele.
Você não sabe o que é a música do silêncio. Você só conhece uma maneira de se comunicar, e essa é verbal, por intermédio da mente. Você não sabe como se comunicar por intermédio do coração, coração a coração, em silêncio. Você não sabe como se comunicar apenas estando ali presente, por intermédio da sua presença. Você está evoluindo, e os padrões antigos de comunicação estão ficando insuficientes. Você terá de desenvolver novos padrões de comunicação não-verbal. Quanto mais alguém amadurece, mais necessária é a comunicação não-verbal.

A linguagem é necessária porque não sabemos como nos comunicar. Quando sabemos como fazê-lo, pouco a pouco, a linguagem não é necessária. A linguagem é apenas um meio muito primário. O meio verdadeiro é o silêncio. Portanto, não tome uma atitude errada; do contrário, irá parar de crescer. Nada faz falta quando a linguagem começa a desaparecer; essa é uma ideia errada. Algo novo tem de aparecer, e os antigos padrões não são suficientes para contê-lo.
Você está crescendo e suas roupas estão ficando apertadas. Não é que esteja faltando algo; algo está sendo acrescentado a você a cada dia.
Quanto mais você medita, mais você ama e mais se relaciona. E, por fim, chega o momento em que apenas o silêncio convém. Assim, da próxima vez em que estiver com alguém e não estiver se comunicando com palavras, e sentir-se pouco à vontade, fique feliz. Mantenha o silêncio e deixe que o silêncio estabeleça a comunicação.

A linguagem é necessária para aproximar pessoas com quem você não tem um relacionamento amoroso. A não-linguagem é necessária para pessoas com quem você tem um relacionamento amoroso.
É preciso tornar-se inocente outra vez como uma criança, e calado. Os gestos sairão — às vezes vocês sorriem e dão-se as mãos, ou às vezes vocês apenas ficam em silêncio, olhando um nos olhos do outro, sem fazer nada, só estando ali, presentes.
As presenças se encontram e se fundem, e algo acontece que só vocês sabem. Só vocês, com quem está acontecendo — ninguém mais vai saber, tal a profundidade em que acontece.
Aproveite esse silêncio; sinta-o, prove-o e saboreie-o. Logo você vai ver que ele tem a sua própria comunicação; que ela é maior, mais elevada, mais secreta e mais profunda. E que a comunicação é sagrada; há uma pureza em torno dela."
 
Palavras de Osho

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Das possibilidades de um poema


Posso tecer um poema... com pedaços de nuvens, retalhos de ventos, fios do orvalho, sedas de mares, meadas de primaveras, linhos de noites, plumas de pássaros, cambraias de lagos.
Posso bordar um poema... com os olhos da saudade, com os dedos dos segredos, com as mãos do desejo.
Posso semear um poema... na terra amorada, no solo do cio, nos vales do gosto, nas leiras do gozo.
Posso editar um poema... nas consoantes de silêncios aflitos, por entre vogais de vontades afogadas.
Posso sonhar um poema-porto... com serenadas velas, tempestades amordaçadas, e a paz, ancorada em minha sala.
No poema... posso sangrar motivos, e este jeito chuva de ser, quase um grito.

Poema de Ana Merij

Je volais...



Il était dans mon aile
L’oeil qui me faisait mal
Je volais les ailes repliées
Je volais la tête courbée
Je volais les bras tendus
A l’horizon
Vers Lui…
Je volais la bouche serrée
L’oeil de mon aile
Qui me faisait mal, pleurait.

Victorita Dutu ( poetisa da Roménia )


Have you been there?



Já alguma vez estiveste nesse local de paz tranquila, onde sabes que estás a fazer o suficiente, sem desejares nada, a não ser o que tens?
Já alguma vez observaste o azul do céu como se nunca o tivesses visto e olhaste para uma borboleta como se surgisse apenas para ti?
Já alguma vez te sentiste tão leve que tens a certeza que flutuarias, percebendo todas as provações e atribulações dos dias que passaram?
Já alguma vez te embrenhaste no presente de tal forma que o amanhã não poderia importar menos, sabendo que alguém cuida de ti e das manifestações dos teus sonhos?
Tudo desejos de quem te adora, te reverencia e não deseja nada para além de ver o teu sorriso, olhar nos teus olhos e ouvir a tua voz...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Tell me...


Na manhã, quando estou à beira-rio, ouço as águas a ondular e sinto uma nostalgia mista de paz, também a sentes?
Durante o dia, quando uma criança me olha e sorri, sinto a ternura no coração e nos olhos um brilho de lágrimas paradas, também o sentes?
No final da tarde, quando olho o pôr-do-sol e sinto a magia efémera desse momento, também a sentes?
À noite, quando abro um livro, leio histórias de encantar e sinto o desejo de me transformar, também o sentes?
E quando adormeço, o sonho que sonho murmura palavras de querer e tu, o que sonhas?

A night like all the others.



Pela viagem, observo.
Vou a casa da minha mãe.
Vou ao hipermercado, guiada pela mão do filhote que apenas quer ver.
Chego a casa.
Jantar.
Trabalhos de casa.
Internet.
Deito o príncipe e aconchego-o com uma história.
Internet.
Tudo vazio.
Procuro preencher.
Ler nas entrelinhas.
Nada encontro.
Preparo-me para deitar.
Deito-me.
Fecho os olhos e penso.
Penso.
E torno a pensar.
Levanto-me.
"Blogo".
Levo a cadela à rua.
Volto a deitar-me.
Fecho os olhos e torno a pensar.
Adormeço, sem querer.
E sonho.
Que bom poder sonhar.
Que daqui a pouco já vou acordar.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sleepless Heart



Believe I wish you no destress
I only wish you well
I only sensed
That my heart has to move on
 I feel so ugly, shy
Perhaps I should hold back
And force me on to lie
Foolish love
Soon will fall apart
Why can't ease
For a sleepless heart
To look at you could ease my pain
Could be enough for me
I've lost myself
As we lost one another
I wonder if you know
The way you reached my heart
And touched my alien soul


quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pensamentos impregnados de Amor



"O príncipio que confere ao pensamento o poder dinâmico de se correlacionar com o objecto, e assim dominar qualquer experiência humana adversa, é a lei da atracção, que é outro nome para o amor.
Este é um princípio eterno e fundamental inerente a todas as coisas, que está em todas as coisas, que está em todos os sistemas de filosofia, em todas as religiões e ciências.
Não há forma de escapar à lei do amor.
É o sentimento que dá vitalidade ao pensamento. O sentimento é desejo e o desejo é amor.
Um pensamento impregnado de amor torna-se invencível."

No livro "O Segredo"

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Saudade...


Conduzindo a um compasso certo pela estrada cheia de curvas e contra-curvas, aliás, em tudo semelhante à nossa vida, começo ao longe a avistar a vila, completamente encoberta pelo nevoeiro matinal... Se não fosse o dia de hoje, teria decerto apreciado de outra forma aquele fenómeno da natureza, quase poético... mas hoje e específicamente hoje, senti aquela névoa fresca serrada envolver-me a pele com a mesma intensidade com que a saudade envolve o meu coração...
E tenho que escrever, como se me lesses. E tenho que falar, como se me ouvisses.
É que hoje faz 8 meses que foste sem nada me dizer, que partiste sem nada te falar e ficou tanto por dizer.
Pensamos que não é necessário reafirmar às pessoas o que sentimos, a falta que nos fazem, o quão importantes são nas nossas vidas e um dia, sem nenhum aviso prévio, perdemo-las do nosso alcance e calamo-nos para sempre.
A ti, com as saudades todas do mundo contidas num só coração, gostaria de te dizer que sinto a tua ausência todos os dias, que o amor vive para além da vida e que neste processo de luto, pouco me importa tudo o que sinto... A única coisa que me importa é saber se, em algum sítio, ainda És.

Time is gone



Não tente classificar ou entender o que está acontecendo porque qualquer coisa que você fizer não ajudará em nada. Não se importe com a confusão. Simplesmente observe.
Esta técnica de meditação pode ser aplicada antes de dormir, durante, no mínimo, dez minutos.
Sente-se em sua cama de forma relaxada, feche os olhos e sinta seu corpo relaxar. Se o corpo começar a se inclinar para a frente, incline-se junto. Quem sabe ele não quer voltar à posição fetal, como o bebé no útero da mãe?
Se esse for o caso, não hesite: torne-se uma criança no útero materno.
Escute sua respiração, a inspiração e a expiração. Não verbalize nada, apenas sinta o ar entrando e saindo. Simplesmente sinta. Você vai perceber um enorme silêncio e uma clareza.
Deixe as coisas acontecerem como se não fosse você que as estivesse fazendo.

Palavras de Osho


Help me sing my song



"Each day I live
I want to be a day to give the best of me

I'm only one, but not alone...
My finest day is yet unknown
I broke my heart for every gain
To taste the sweet, I face the pain
I rise and fall, yet through it all this much remains
I want one moment in time..."

One moment in time - Whitney Houston

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Pózinhos de perlimpimpim

Quando fazemos o que gostamos, somos muito mais felizes...
Apesar da vida atribulada, apesar dos pesares, pela manhã caminho na estrada a sorrir, pois sei que me espera a maior ternura e inocência que existe...
Aquele cheirinho a doçura, aquele gostar tão autêntico, são pequenas dádivas que me acontecem.
Não sou eu que ensino, aprendo sim, a ser melhor. E mais feliz.

Ilusões



"Uma nuvem não sabe
por que é que se desloca
numa determinada direcção
e a determinada velocidade...
Sente um impulso...
é para ali que devo ir
Mas o céu conhece
as razões e os padrões
por detrás das núvens,
e tu também saberás,
quando te ergueres
suficientemente alto
para ver além dos horizontes."

Richard Bach

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Senses in the universe



"I think the main thing a musician would like to do is to give a picture to the listener of the many wonderful things he knows of and senses in the universe. That`s what music is to me - it`s just another way of saying this is a big, beautiful universe we live in, that`s been given to us, and here`s an example of just how magnificent encompassing it is."


John Coltrane, Jazz musician


Cavalo à solta



Minha laranja amarga e doce
meu poema
feito de gomos de saudade
minha pena
pesada e leve
secreta e pura
minha passagem para o breve
breve instante da loucura.

Minha ousadia
meu galope
minha rédea
meu potro doido
minha chama
minha réstia
de luz intensa
de voz aberta
minha denúncia do que pensa
do que sente a gente certa.

Em ti respiro
em ti eu provo
por ti consigo
esta força que de novo
em ti persigo
em ti percorro
cavalo à solta
pela margem do teu corpo.

Minha alegria
minha amargura
minha coragem de correr contra a ternura.

Por isso digo
canção castigo
amêndoa travo corpo alma amante amigo
por isso canto
por isso digo
alpendre casa cama arca do meu trigo.

Meu desafio
minha aventura
minha coragem de correr contra a ternura.

José Carlos Ary dos Santos - faz hoje 26 anos que faleceu...

domingo, 17 de janeiro de 2010

Mazel Tov





Aproveitar a vida é...

Sorrir,
Olhar,
Ouvir,
Aprender,
Ensinar,
Criar laços,
Compreender, 
Estender a mão, 
Aceitar,
Simplificar, 
Perdoar, 
Respirar,
Solucionar,
Indagar,
Ajudar,
Partilhar, 
E acima de tudo,
Amar.

Pergunta-me...



Pergunta-me
se ainda és o meu fogo
se acendes ainda
o minuto de cinza
se despertas
a ave magoada
que se queda
na árvore do meu sangue

Pergunta-me
se o vento não traz nada
se o vento tudo arrasta
se na quietude do lago
repousaram a fúria
e o tropel de mil cavalos

Pergunta-me
se te voltei a encontrar
de todas as vezes que me detive
junto das pontes enevoadas
e se eras tu
quem eu via
na infinita dispersão do meu ser
Se eras tu
que reunias pedaços do meu poema
reconstruindo
a folha rasgada
na minha mão descrente

Qualquer coisa
pergunta-me qualquer coisa
uma tolice
um mistério indecifrável
simplesmente
para que eu saiba
que queres ainda saber
para que mesmo sem te responder
saibas o que te quero dizer

Mia Couto

Como repetir?




"Como repetir aquela tarde de Verão deitada na rocha,
tocada ao de leve pelas últimas carícias do sol que se põe?
Como repetir a alegria daquela descoberta?
Como contá-la aos outros?
Como comunicar a felicidade de cada acto simples,
de cada passo, de cada novo encontro..."

In "A arte da alegria" de Goliarda Sapienza
(Um dia alguém me aconselhou este livro. Bendita a hora.)


sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Bem-te-quero



Mal-me-quer...
Bem-me-quer...
Muito, pouco ou nada...

Por mais que deitemos mãos à sorte
Há coisas que não dependem dela
Dependem de nós

Por mais que queiramos mudar o mundo
Há coisas que nunca mudam
Só nós mudamos

Por mais que sofras neste momento
Há coisas que te alegram
Foca-te nelas

Por mais que queiras bem a alguém
Há coisas que não têm solução
Não sei o que dizer...

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Há quem encontre!



"Procura-se um amigo
Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração.
Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir.
Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa.
Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor..
Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo.
Deve guardar segredo sem se sacrificar.
Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão.
Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados.
Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar.
Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa.
Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objectivo deve ser o de amigo.
Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários.
Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.
Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo.
Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância.
Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade.
Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.
Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo.
Precisa-se de um amigo para se parar de chorar.
Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas.
Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive."

Vínicius de Moraes

*Dedicado a todas as amigas que fiz no decorrer do Curso e que estão para sempre no meu coração.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Porque sim



Diga sim à vida; abandone todos os nãos possíveis. Mesmo se você precisar dizer não, diga-o, mas não se deleite em dizê-lo. E, se for possível, diga-o também na forma de sim. Não perca nenhuma oportunidade de dizer sim à vida.
Quando você disser sim, diga-o com grande celebração e alegria. Nutra-o, não o diga relutantemente. Diga-o amorosamente, com entusiasmo, com gosto, coloque-se totalmente nele. Quando você disser sim, torne-se o sim!
Você ficará surpreso ao saber que 99 entre cem nãos podem ser muito facilmente abandonados. Nós os dizemos apenas como parte de nosso ego; eles não eram necessários, não eram inevitáveis.
O único não que permanece será muito significativo; esse não precisa ser abandonado. Mas, mesmo ao dizermos esse não essencial, precisamos ser muito relutantes, muito hesitantes, porque não é morte, e sim é vida.

Palavras de Osho

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Me, myself and I



Para me conhecerem de verdade
Teriam que me dividir em muitas
A diversidade de mulheres dentro de mim
Pedem-me caminhos diferentes
Se em momentos me encontro
Noutros me desencontro...
Sou um espelho do mundo envolvente
Que se reflecte nas minhas tantas mulheres
Se sou romântica, posso ser também calculista
Se sou sensata, posso ser também inconsequente
Se sou carente, posso ser também mulher fatal
Se sou séria, posso ser também atrevida
Se sou insegura, posso ser também destemida
E vou-me transformando ao longo das horas,
Espelhando tudo o que me envolve...
Contudo, há uma de mim que se mantém
Rasgue eu todos os meus segredos
Ou me exponha numa poesia,
Há uma de mim que sempre permanece
Transparente e verdadeira...


Misty dreams



Sonhei-te lentamente...
Em plena consciência do disfarce
Sabia-te irreal
Mas o sonho restava, devagar...
Com pormenores tão lentos
Que nem tempo me sobrava para pensar...
Sentei-me junto a ti
Junto ao meu sonho e pude ler indícios
Os símbolos que queria estavam lá.
Sonhei-te porque sim:
Porque não podia fazer mais nada.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Pedido



Procuro o dia a cada noite que adormeço
um cheiro a terra molhada esquecido pela solidão,
atravesso o corredor cinzento do desencanto,
é apenas uma madrugada só que me abraça.

Enxugo gotas secas pela voz que não ouço,
afectos roucos trucidados no som da descrença,
prendem-se os sonhos na goma da surdez,
sinfonia não estreada por falta de compasso.

Abandono o palco defronte da plateia deserta,
sossego o maestro, o actor e o poeta.
Não se escreva, hoje, o que não pôde ser dito!
Não se encene, agora, o que não se soube exprimir!

Esqueçam-se as pautas onde a melodia se extingue!
Lá fora está escuro e só o silêncio se ouve…
Apague-se a ribalta para que não se adivinhem os passos!
Chego à janela, deixo entrar o vento e peço:

“Pousa teu olhar na minha pele…
Despe-me a saudade!”


(Poema do blogue Paços d'Água)

domingo, 10 de janeiro de 2010

Happy Birthday, Mr. Stewart




Rod Stewart faz hoje 65 anos e ainda pode muito bem perguntar: Do ya think I'm sexy?






Lhasa de Sela II


Ainda Lhasa...
Referindo-se ao seu pai, deixou-nos este texto doce e cândido que passo a citar:

«O meu pai é um filósofo: anda sempre a magicar nalguma ideia. Vou vos contar a última que ele me disse. Ele diz que quando somos concebidos, aparecemos na barriga das nossas mães como que uma pequena luz perdida num espaço infinito. Não vemos, nem ouvimos e flutuamos no silêncio e na escuridão. O tempo não existe. Mas, o nosso corpo cresce lentamente e vamos começando a sentir as coisas, a tocar as paredes do nosso mundo. Depois, começamos a ouvir sons e a sentir choques que nos chegam do exterior. À medida que vamos crescendo, a distância entre nós e esse outro mundo fica mais pequena e o espaço que parecia tão infinito torna-se pequeno demais e temos que nascer. O meu pai diz que, quando nascemos, estamos aterrorizados e pensamos para nós mesmos: "Pronto… a minha vida acabou… vou morrer." Mas não é o fim, é apenas o começo".
Então, chegamos a esta vida. No princípio, somos muito pequenos e o mundo parece infinitamente grande, o tempo infinitamente longo. Mas, continuamos a crescer. Desenvolvemos os sentidos, a mente, aprendemos de novo a tocar nos limites, as paredes do nosso mundo. Mas, às vezes, à parte dos sons e sensações deste mundo, ainda ouvimos sons e sentimos choques que nos chegam… de outro mundo. Temos medo deles, e dizemo-nos a nós mesmos: "Isto é a morte". E quando a morte chega, sentimos de novo: "Isto é o fim."
Mas o meu pai acredita que isso não é o fim, é apenas o começo de qualquer outro mundo.»

Esta canção chama-se "Soon this space will be too small" - Em breve este espaço será pequeno demais.



sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Lhasa de Sela

Nasceu no mesmo ano que eu e faleceu este ano, vítima de cancro da mama. Mas deixou-nos o seu legado... Acerca do que a inspirou em cada canção, Lhasa disse:
"The mysterious force that doesn't let us box ourselves in, that compels us to keep changing. The road is alive, we can't freeze or stop it. And we know can't."

Ouvir - Is anything wrong?

"I used to say
I'm ready show me the way
Then another year or two
Would pass me by
Is anything wrong?
Oh, love, is anything right?
And how will we know
Will time make us wise?
People outside
They know just what to do
They look at me
And they think that I know too
Is anything wrong?
Oh, love, is anything right?
And how will we know
Will time make us wise?
I've found a home
Now will life begin
I can wait another year or two
But not one moment more
Is anything wrong?
Oh, love, is anything right?
And how will we know
Will time make us wise?"

BESIDE YOU



I am a bird of you

What song do you like?

Flying, I can't sing for you.

But on your branch

Lovely voice

You shall listen to

*

I am wind of you

How can you embrace me?

Breezing, I might take away

Or to your ear

Soft voice

I might be whispering

*

I am an apple of you

What is your present, I think of

Ripening, I feel fresh air

Joyful voice

It shall be best of you


( Kar Morii, poetisa do Japão )

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Haiki


Haikai (俳句, Haiku ou Haicai) é uma forma poética de origem japonesa, que valoriza a concisão e a objectividade.
Os poemas consistem em três linhas, contendo na primeira e na última cinco letras japonesas, e sete letras na segunda linha.
O principal haicaísta foi Matsuô Bashô (1644-1694), que se dedicou a fazer deste tipo de poesia uma prática espiritual.
Bashô tornou-se a maior referência da poesia Japonesa, pela sua sensibilidade e profundidade.
Como um poeta Zen, ouvia o som da força da vida emergindo do vazio para encher tudo.

"O silencio
As vozes das cigarras
penetram as rochas"

"Ao sol da manhã
uma gota de orvalho
precioso diamante"

"De tantos instantes
para mim lembrança
as flores de cerejeira"

"Como que levada
pela brisa, a borboleta
vai de ramo em ramo"

"Vento de outono
a silenciosa colina
muda me responde"

"E tu, aranha
como cantarias
neste vento de outono?"



Inconsistencies

What am I suppose to do when aimless things are also so meaningful?...



Trying to focus but my heart deceive me...

O nosso Fado


Apesar de ter passado a minha infância em Moçambique e ter vivido com os ritmos quentes africanos, o Fado sempre fez parte das minhas referências musicais, graças aos meus pais. Modéstia à parte, qualquer um deles poderia ter sido fadista, e para brilharete de ambos, eram sempre instigados a cantar em qualquer festa ou convívio que participassem.
A mim o Fado reporta-me a esses tempos aúreos, ao facto de ver e olhar os meus pais como seres cheios de sentimentos, cantando a vida, a dor e a saudade.
Diz-se que o Fado é a voz do povo. Também é a voz gritante que nos cala os dias, o expor da nossa mágoa mais íntima, o revelar dos nossos segredos mais intrínsecos... Pôr a voz no Fado é pôr a voz dentro de nós mesmos.
Este é um dos que a minha mãe mais cantava.
Silêncio que se vai cantar o fado.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Breathe and quietly wait...


"...não somos seres suspensos em bolas de sabão, que vagueiam felizes pelos ares; nas nossas vidas há um antes e um depois, e esse antes e esse depois são uma ratoeira para os nossos destinos, pousam-se sobre nós como uma rede se pousa sobre a presa.(...)
O destino possui todo o poder e o esforço da vontade não passa de um pretexto.(...)

...quando o caminho atrás de ti é mais comprido do que o que tens à tua frente, vês uma coisa que nunca tinhas visto antes: o caminho que percorreste não era a direito mas cheio de encruzilhadas, a cada passo havia uma seta que apontava para uma direcção diferente; dali partia um atalho, de acolá um carreiro cheio de ervas que se perdia nos bosques.
Alguns desses desvios fizeste-os sem te aperceberes, outros nem sequer os viste; não sabes se os que não fizeste te levariam a um lugar melhor ou pior; não sabes, mas sentes pena.
Podias fazer uma coisa e não fizeste, voltaste para trás em vez de seguir em frente.(...)

E quando à tua frente se abrirem muitas estradas e não souberes a que hás-de escolher, não te metas por uma ao acaso, senta-te e espera.
Respira com a mesma profundidade confiante com que respiraste no dia em que vieste ao mundo, e sem deixares que nada te distraia, espera e volta a esperar. Fica quieta, em silêncio e ouve o teu coração. Quando ele te falar, levanta-te e vai para onde ele te levar."

In "Vai aonde te leva o coração"
Susanna Tamaro

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

L'important c'est la rose



Sabes como é o botão de uma flor?

Já é atraente, especial e único, e no entanto,
É apenas uma centelha de esplendor e da magnificência que está para vir.
Em si mesmo, ignora como a sua presença vai melhorar o mundo.



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