Apesar de ter passado a minha infância em Moçambique e ter vivido com os ritmos quentes africanos, o Fado sempre fez parte das minhas referências musicais, graças aos meus pais. Modéstia à parte, qualquer um deles poderia ter sido fadista, e para brilharete de ambos, eram sempre instigados a cantar em qualquer festa ou convívio que participassem.
A mim o Fado reporta-me a esses tempos aúreos, ao facto de ver e olhar os meus pais como seres cheios de sentimentos, cantando a vida, a dor e a saudade.
A mim o Fado reporta-me a esses tempos aúreos, ao facto de ver e olhar os meus pais como seres cheios de sentimentos, cantando a vida, a dor e a saudade.
Diz-se que o Fado é a voz do povo. Também é a voz gritante que nos cala os dias, o expor da nossa mágoa mais íntima, o revelar dos nossos segredos mais intrínsecos... Pôr a voz no Fado é pôr a voz dentro de nós mesmos.
Este é um dos que a minha mãe mais cantava.
Silêncio que se vai cantar o fado.
Silêncio que se vai cantar o fado.
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