Vai até onde ninguém te possa falar ou reconhecer
Vai por esse campo de crateras extintas
Vai por essa porta de água tão vasta quanto a noite
Deixa a árvore das cassiopeias cobrir-te e as loucas aveias que o ácido enferrujou erguerem-se na vertigem do voo
Deixa que o Outono traga os pássaros e as abelhas para pernoitarem na doçura do teu breve coração
Ouve-me que o dia te seja limpo e para lá da pele constrói o arco de sala morada eterna
O mar por onde fugirá o etéreo visitante desta noite
AL BERTO
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