Aqui sentada em frente ao PC, revejo-me no reflexo do ecrã
Penso, tento negar o que sinto e o que penso
Cheia de trabalho e sem estímulo para o concretizar
Cheia de questões e sem forças para as colocar
Sinto-me vazia de mim mesma e quero encontrar-me
Procurar-me na essência dos dias que evaporam
Que me deixam sem um sorriso no rosto...
Neste ultimo dia do ano, faço um pedido
A quê ou a quem não sei...
(Infelizmente, não acredito em entidades divinas...)
Peço a todas as energias que desconheço
A todas as forças que nos regem
Em especial, à minha força interior
Que o ano que se segue me reserve algo de bom:
Que todos os livros (auto-ajuda) que recebi este Natal
Me cativem à sua leitura e à crença do seu conteúdo,
Que possa andar de bicicleta voando pelo tempo
Com o cabelo ao vento e a alma ao sol,
Que possa ver os meus filhos crescer
em caminho à realização e alegria,
Que possa ver os meus pais em saúde,
Que possa ter amigos sem receios nem reservas,
Que possa sentir emoções fortes,
Que possa estar rodeada de crianças,
Que possa ir mais ao cinema, ao teatro, a concertos,
Que possa crescer e também aprender com os erros...
E ao pensar, ao visualizar este pedido
Um sorriso colou-se nos meus lábios
Um sorriso que não era meu...
Um sorriso de alguém que sorria em mim
Talvez tu me quisesses lembrar de sorrir por viver
E que a vida em si, já é mais do que motivo suficiente para sorrir...
Se pudesse saber quem sorria em ti. Se me pudesses dizer quem tanto te amargurou, eu seria pombo correio de carta aberta e dir-lhe-ia que nem todos os reflexos serão de amargura e dor. A vida é mais que isso, muito mais que isso. Eu, posso ajudar. Diz-me, quem é? Não estará também perturbada essa outra Alma? Terá essa outra Alma, tantos ou mais reflexos em frente dos espelhos desta tão perturbadora sociedade? Eu, posso ajudar ou não?
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